A solene
celebração, presidida pelo Bispo Diocesano, Dom José Gislon, é uma das mais
belas liturgias da Igreja, com ritos de profundo significado.
No início
da Missa foi abençoada a sédia (cadeira do sacerdote que preside as celebrações).
Ela é símbolo de Cristo, “Cabeça” da Igreja e Bom Pastor, aquele que está à
frente para presidir e conduzir o rebanho. Assim como o ambão (mesa da
Palavra), a sédia está intimamente ligada ao altar. A
utilização dos mesmos materiais e estilo nessas peças, ajuda a perceber a
unidade entre eles, como sinais do único Cristo. No encosto da sédia está um
monograma dourado: é a abreviatura da palavra “Cristo” em grego, a língua
original do Novo Testamento.
No Ato Penitencial, o novo altar é aspergido com a água benta, sinal de purificação. Depois do canto das Ladainhas de todos os santos, o bispo depositou em um nicho, dentro do altar, as relíquias de São José de Anchieta (fragmentos de seus ossos). Esse gesto honra os corpos dos santos e expressa que eles participam do sacrifício de Cristo, perpetuado e celebrado sobre o altar.
São José de Anchieta (1534-1597) foi um dos primeiros missionários jesuítas que chegaram ao Brasil para evangelizar os índios. Destacou-se pela defesa e promoção dos direitos e da cultura dos povos indígenas. É conhecido como o “Apóstolo do Brasil”.
Um momento marcante é o Rito da Unção,
quando o bispo unge o novo altar com o Óleo do Santo Crisma. Em virtude da
unção, o altar torna-se símbolo de Cristo, que é o “Ungido”, pois o Pai o ungiu
com o Espírito Santo e o constituiu Sumo Sacerdote, para oferecer no altar de
seu Corpo o sacrifício da vida pela salvação de todos.
Sobre o altar foi então oferecido o
sacrifício do incenso: uma coluna de fumaça perfumada sobe ao céu como sinal de
nossos louvores e orações que chegam até a presença de Deus.
O altar é revestido com a toalha branca e ornado festivamente com flores, pois ele é a mesa da Ceia do Senhor. Ao seu redor, todos os fiéis se reúnem com alegria para se saciarem no banquete do Corpo e Sangue do Cordeiro imolado.