Todos os tempos têm os seus desafios e impõe ao ser humano muitos processos de adaptações para efetivar as superações necessárias. Nos dias de hoje, nossa interioridade nos impele a objetivar passos fundantes em todas as dimensões para atingir as almejadas evoluções de reconhecer, aceitar e se engajar.
No rol de grandes potências, presentes em cada ser humano, está o poder de perdoar. É um dos grandes segredos da existência. Com ele podemos alcançar imensas
bênçãos, porque provoca o amadurecimento e nos coloca no caminho da transcendência.
É no tecer a soma dos dias, que o poder de perdoar potencializa a inteireza vivencial dos grandes momentos que a vida reserva para a existência. A sabedoria
humana encontra, no poder de perdoar, muitas oportunidades para desvelar e amadurecer todas as dimensões. Acolhida, convivência, tolerância, generosidade
e muitas outras posturas se potencializam quando passam pelos caminhos do perdão. Há uma leveza imensurável que nasce do ser que aprende a administrar as contingências, às quais estamos sujeitos, no peregrinar pela existência. Existem muitas formas de perdoar e de pedir perdão. Todas elas passam pelo diálogo, princípio
básico da comunicação. Coração, mente e alma devem fazer o ser, ressoar abertura para atingir a superação e se lançar às novas e necessárias vivências.
Perdoar não é esquecer, mas estar certo que todos somos e estamos acima de nossos erros e falhas. O perdoar é desvelar a essência humana e se relacionar com a dignidade que há em cada ser. O perdoar é caminho que nos mantém juntos na diversidade, porque nos constituímos na alteridade. Por isso que, viver em família,
comunidade e sociedade é tão enriquecedor. No fim de nossos dias, nos colocaremos diante de nossa consciência. É quase certo, que uma das grandes questões que teremos que dar conta é o quanto perdoamos. É tempo de tecer a existência, conscientes de nossas ações, fortalecidos na fé e na esperança que nos colocam comprometidos com o futuro.
Isaias Pablo Klin Carlotto